quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A VERDADE QUE LIBERTA!

Reflexão sobre a prática da Missão Integral
Claudecir Bianco

Basta passarmos os olhos em revistas, sites e outros veículos de comunicação para identificarmos que as ações sociais do governo, de organizações não governamentais e de Igrejas têm-se modificado nos últimos anos. Apesar da designação de Missão Integral – MI, ser própria para o meio cristão e já fazer parte das discussões de vários teólogos e pensadores, e ainda, por haver várias iniciativas concretas sobre ela, o que se pode perceber são dificuldades para o desenvolvimento de ações práticas junto às comunidades, de forma geral.
Ao olharmos para o passado, podemos entender que a Reforma Protestante, ocorrida no século XVI, não foi somente um movimento espiritual e eclesiástico; teve também aspectos e dimensões políticas e sociais.
João Calvino, assim como outros reformadores, deu atenção a aspectos sociais de sua época. Para Calvino, o cristão tem responsabilidade para com o mundo. Em sua obra, Instituição da Religião Cristã (1536), precisamente no livro IV, capítulo IV, onde trata sobre o Estado da Igreja Primitiva e o Modo de Governo usado antes do Papa, Calvino descreve especificamente sobre questões de bens materiais e sua administração. Neste capítulo, Calvino diz que não cabe à Igreja acumular riquezas e permitir que o pobre morra de fome. Assim, pergunta ele:

Não dirá Deus: por que há consentido que tantos pobres morram de fome, tendo ouro com que comprar-lhes alimentos? Por que há deixado levar cativos a tanta pobre gente, e não os há resgatados? Por que há permitido que matara a tantos? Não teria sido melhor conservar os vasos vivos, que não aos vasos mortos de metal? (CALVINO, 1988, p. 854) .

Percebe-se a preocupação na ajuda ao pobre, oportunizando-lhes o pão e o cuidado. Melhor seria o investimento na vida e no resgate do necessitado do que em ornamentos para a Igreja. Evidente parece ser nos dias atuais que a falta de recursos financeiros impedem o avanço e a ajuda ao outro. No entanto, Calvino dá sua contribuição nesse sentido ao afirmar:

No que se dedicava a adorno dos templos, ao princípio era bem pouco. Inclusive depois que a Igreja se enriqueceu bastante, não se deixou de observar certa moderação nisso. Todavia, todo o dinheiro que se destinava a este fim, se depositava e dedicava aos pobres, quando as necessidades o requeriam. Assim, Cirilo, bispo de Jerusalém, como não podia socorrer de outra maneira as necessidades dos pobres, em tempo de fome, vendeu todos os vasos e ornamentos sagrados. (CALVINO, 1988, p. 853) .

Não faltam exemplos em como lidar com essas situações. Algumas decisões podem ser simples e imediatas, outras podem ser desenvolvidas no longo prazo. No Brasil, por exemplo, a política social nas últimas décadas é conseqüência da redemocratização do país que buscou reformar o Estado e construir um modelo de gestão pública capaz de torná-lo mais aberto às necessidades dos cidadãos brasileiros. Frei Betto ao escrever sobre o programa Fome Zero esclarece que:

Exemplos como o programa do Governo Federal, Fome Zero, que na sua essência não apresentava características assistencialistas, idealizado pelo instituto Cidadania, a pedido do então candidato derrotado nas eleições presidências em 1991, apresentou sérias mudanças até agora. A idéia era elaborar um programa de segurança alimentar e nutricional para o Brasil, tarefa que foi desempenhada por José Gomes da Silva. (BETTO, 2004, p. 21).

No entanto, o que se observa nos dias atuais é um projeto muito diferente e distante de sua proposta inicial. Veja por quais caminhos a estratégia política está trilhando:

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um projeto de expansão da telefonia móvel para todos os beneficiários do programa Bolsa Família. Pelo projeto, todas as 11 milhões de famílias atendidas pelo programa receberiam de graça um celular e R$ 7 de crédito por mês. Segundo Costa, já há aprovação do projeto dentro do governo e por parte das empresas. O presidente Lula gostou da idéia e a empresa TIM já aceitou fazer parte do projeto. O governo está negociando com a Claro e com a Oi. Pelos cálculos do ministro, será necessário investimento das empresas de telefonia móvel de R$ 2 bilhões em dois anos para emplacar o programa. O governo abriria mão da arrecadação do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) dessas linhas. (Folha de São Paulo - 10/11/2009 - 14h11)

Não teria acontecido algo semelhante no ambiente cristão? Sabe-se que Governos são mutáveis e, com eles, suas ações e práticas. De certa forma, neste mundo de constantes transformações, a Igreja passou, e está passando por sérias mudanças. Algumas não são percebidas, outras são tão notórias que não têm como deixar de percebê-las. Assim, como a palavra de Deus não muda, poder-se-ia entender que certas ações práticas, principalmente quanto ao amor ao próximo e a ajuda ao necessitado, também não deveriam mudar.
Dessa forma, entende-se que a MI da Igreja é profundamente Bíblica, ou seja, significa que ela (a Missão Integral) não deve ser uma filosofia cega ou um modismo passageiro. A Missão Integral da Igreja não é uma ação que ora existe e, logo depois, some ou perde totalmente suas características iniciais. São verdades que precisam ser praticadas em sua totalidade, levando em consideração a relação do ser humano com Deus, consigo mesmo, com seu próximo e com a natureza.
Tentativas reflexivas são, a todo o momento, idealizadas com o objetivo de buscar elementos norteadores para práticas mais efetivas. Assim foi o Pacto de Lausanne , em 1974 na Suíça, onde foi elaborada uma declaração sóbria e amadurecida sobre a missão prioritária da Igreja, que, em um de seus artigos, declara: “Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua Igreja e um serviço responsável no mundo.”
Pode-se entender “serviço responsável no mundo” como elemento chave para a Missão Integral. Ainda, no artigo quinto, que trata da Responsabilidade Social Cristã, este pacto faz a seguinte afirmação:

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusiva. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são, ambos, parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta. (Artigo 5, - Pacto de Lausanne.)

A partir deste conteúdo, ações práticas surgiram nas Igrejas e organizações foram constituídas com a finalidade de atender o homem de forma integral, mudando os rumos do protestantismo mundial e consolidando a Teologia da Missão Integral.
O teólogo René Padilla afirma que o conceito de Missão Integral já havia sido discutido, mas foi através do Pacto de Lausanne que surgiu a oportunidade de mostrar ao mundo os novos rumos para o Evangelho, que se adaptasse à modernidade sem perder os elementos básicos da fé cristã. Para Padilla:

Antes mesmo de Lausanne, o conceito de Missão Integral já havia surgido no cenário da Fraternidade Teológica Latino-americana. Mas Lausanne nos deu a oportunidade de expor este conceito em uma plataforma mundial. Creio que tem havido avanços significativos por parte de instituições e Igrejas que hoje em dia promovem a Missão Integral. (FERNANDES, 2008, p. 56).

Outra ação reflexiva aconteceu no ano 2000, onde a Organização das Nações Unidas – ONU reuniu em Nova York, 147 chefes de Estado, em um encontro que ficou conhecido como a Cúpula do Milênio. O objetivo era debater as grandes questões sociais, econômicas e ambientais que afligem as nações, principalmente as que abrigam a população mais pobre do planeta.
Foi desse encontro que surgiu a Declaração do Milênio, documento assinado pelos países membros da Organização, no qual os governantes se comprometiam a buscar soluções para os problemas mais graves da humanidade. Para isto, estabeleceram metas e um prazo para cumpri-las, fixando o ano de 2015 como limite. As metas são: Erradicar a fome e a miséria; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental e Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. No entanto, ainda há pessoas que desconhecem por completo tais objetivos. Não poderiam ser estas as metas da Igreja para a humanidade, além, é claro, do anúncio do Evangelho?
Estariam os Cristãos confusos com tantas necessidades para serem atendidas que não sabem por onde começar? Ou estariam, por opção, à margem da necessidade alheia, acreditando serem atribuições do governo?

Em 1983, Franklin Graham, em Amsterdã, disse:

“Se olharmos apenas para as necessidades físicas do homem, nos transformamos em humanistas. Se olharmos apenas para as necessidades intelectuais do homem, nos transformamos em educadores. Se olharmos apenas para a opressão política, nos transformamos em revolucionários ou políticos. Se olharmos apenas para as necessidades espirituais do homem nos transformamos em pessoas religiosas. É olhando para o homem como um ser completo, e dando grande importância para área espiritual, é que nos transformamos em testemunhas de Cristo, missionários, evangelistas e comunicadores da Palavra de Deus”.

Isso faz sentindo para você? Mas, vamos crer que o que existe é a falta de entendimento, primeiramente de termos e conceitos e, depois, de um modelo prático e eficaz. Precisamos entender que as tendências não devem ser consideradas como estanques. Na verdade, indivíduos ou projetos assistencialistas mudam enquanto caminham. O trabalho social é dinâmico, criativo, requerendo permanentemente para cada ação, soluções em calamidades de difícil controle.

No livro de Carlos Pinheiro Queiroz, “Eles herdarão a terra”, citando o Pr. Hélcio da Silva Lessa, traz algumas definições que precisamos refletir com carinho e cuidado. Sobre as categorias da responsabilidade social o Pr. Hélcio faz as seguintes ilustrações:

No tempo da escravatura alguns cristãos, sensibilizados com os que eram castigados e surrados no pelourinho, resolviam ajudá-los com água, comida ou atando suas feridas. Esta atitude nobre (que, no entanto, não tocava nas causas da escravatura e mantinha o escravo na mesma situação) tipifica o que poderíamos chamar de Assistência Social.

Outros cristãos, com visão mais aberta, resolviam, além da assistência, assegurar a liberdade de alguns escravos através da compra destes e criação de oportunidades de trabalho para que eles criassem seus mecanismos de sobrevivência. Esta atitude, mesmo que admirável, libertava um indivíduo, mas não acabava com a instituição da comercialização de escravos. A isto podemos chamar de Serviço Social.

Outros lançaram-se na luta contra a instituição da escravatura para que não encontrassem escravos pendurados no pelourinho nem tivessem que comprar a liberdade deles. Acabar radicalmente com a escravatura era mais viável, pois assim estariam destruindo este mal pela raiz. A luta por esta conquista deve ser caracterizada como uma Ação Social.

Quem sabe, como Igreja de Cristo, estamos de fato, confusos. Frente a tantos desafios, não conseguimos entender, depois de alguns anos, qual deve ser nossa práxis Cristã. Creio que se fizéssemos coisas mais efetivas, poderíamos corrigi-las, mas a tendência é realizar o que é mais fácil e menos complicado, de curtíssimo prazo com números cada vez maiores, pois afinal, precisam ser mostrados a cada final de ano.

No mesmo livro, Queiroz, cita o Frances O’Gorman, e traz mais uma reflexão importante sobre a Promoção Humana e, divide as tendências dessa promoção em quatro categorias:

1. Promoção Humana pela Assistência: “Na assistência, o pobre-indigente recebe o peixe de ajuda material do agente compadecido. Enquanto dar o peixe irradia caridade, gera também assistencialismo no agente, dependência desumanizante no pobre e inércia na sociedade.”

2. Promoção Humana pelo Ensino: “No ensino, o pobre-atrasado recebe do agente colaborador o peixe do conhecimento e capacitação para sua informação/formação. Enquanto ensinar a pescar oferece instrumentos de acesso regulado aos bens da sociedade, promove também paternalismo no agente, individualismo competitivo no pobre e endurecimento estrutural na sociedade excludente.”

3. Promoção Humana pela Participação: “Na participação, o pobre-marginalizado conquista seu espaço pela reivindicação e solidariedade, com o acompanhamento do agente colaborador. Enquanto pescar em mutirão e vender o peixe em cooperativas suscita compromisso do pobre com o pobre, também estaciona no reformismo por parte dos agentes e na acomodação com melhorias conquistadas pelos pobres, deixando intactas as estruturas de exploração.”

4. Promoção Humana pela Transformação: “Na transformação, o pobre-oprimido se liberta da opressão (por conseguinte, liberta seu opressor) assumindo seu direito de ser sujeito da sociedade pela intervenção transformativa nas estruturas injustas com o engajamento do agente criativo.”

Ao governo e, a determinados grupos, existem a tendência de criar laços para que o outro permaneça em sua dependência e “usufrua” dos “benefícios” que promovem. A promoção do outro, o “libertaria”, abriria seus olhos e, possivelmente, a manipulação cessaria. Quando a Igreja ou determinados grupos não refletem suas ações, o que se concretiza, com o passar dos anos, são ações desordenadas e sem quaisquer transformações sociais e individuais.

Há uma dramatização que apresenta essa dependência de forma bem simples. É a história da travessia do rio...

Uma pessoa faz o papel de um “forasteiro” que vem à comunidade e se oferece para ajudar alguém a atravessar o rio. O rio possui várias pedras úteis para se pisar. O homem de fora rapidamente carrega a pessoa em suas costas, mas fica cansado e deixa-o no meio do rio, sobre uma das pedras, dizendo que voltará. A pessoa não consegue encontrar o caminho para atravessar o rio sozinha.
Na outra cena: Outra pessoa oferece-se para mostrar a uma segunda pessoa o caminho para atravessar o rio. Eles andam lentamente juntos, com o “forasteiro” mostrando onde é seguro pisar. Eles chegam ao outro lado com segurança. A primeira pessoa ainda está na pedra no meio do rio.

Que significados essa dramatização nos traz:
• Que tipo de “forasteiros” vêm à sua área local para oferecer ajuda? Alguém, alguma vez, já se sentiu como a primeira pessoa (que foi deixada no meio do rio)? Alguém, alguma vez, começou a trabalhar numa iniciativa nova, mas, então, não pôde continuar sozinho? Por quê? De que forma poderia ter sido melhor?
• Qual foi a diferença entre a abordagem do “forasteiro” na segunda dramatização de papéis?
• Que conhecimento o “forasteiro” compartilhou, e como o fez?
• O que a segunda pessoa poderia ter feito para fazer com que a dramatização da travessia do rio tivesse um final diferente?
• Como as pessoas locais podem ter certeza de que continuarão tendo controle do conhecimento e das idéias novas?
• Quando carregamos alguém não lhe ensinamos a fazer para ele mesmo.
• Se ensinar alguém a fazer algo, faça-o de modo que ele possa ensinar a outra pessoa e se produza a multiplicação.
• Às vezes, podemos causar mais danos do que ajudar uma pessoa quando fazemos por ela.
• Aprende-se melhor fazendo que vendo.
• Quando a pessoa responsável por um projeto de desenvolvimento vai embora, se as pessoas não foram capacitadas, o projeto morre.
• Uso de recursos locais.
• É necessário alguém que ensine.
• Nós aprendemos através de exemplos práticos e de incentivo.
• São necessários esclarecimentos.
• A repetição é importante.
• Há maior motivação quando existe uma necessidade.
• Às vezes só fazemos o trabalho pela metade.
• Fazendo a tarefa para alguém, não quer dizer que o trabalho foi finalizado.
• Existem tarefas que são grandes demais para uma única pessoa.
• O fato de alguém conseguir executar alguma tarefa, não significa que ele pode ensiná-la a outros.
• As instruções devem ser dadas “passo-a-passo”, de acordo com a necessidade de cada tarefa.
• Não é necessária vasta experiência para ensinar alguém.
• O segundo ato mostra a importância da multiplicação.

Caminhando nesta perspectiva, de ensinar e empoderar com conhecimento outra pessoa, damos início ao rompimento das cadeias assistenciais que a prendem. É calro que nem todos aceitarão esse empoderamento, pois o mais fácil é justamente o modelo em que ele é assistido. No entanto, como Igreja de Cristo, servos fiéis à verdade que nos liberta, precisamos ressaltar a idéia que o verdadeiro empoderamento, que é a AÇÃO SOCIAL, implica em ajudar as pessoas a fazerem as coisas por si mesmas e não fazer por elas.

Ainda, quando pensamos em Assistencialismo entendemos que esse processo fornece ajuda temporária, a curto prazo, feitas por outras pessoas, oprimindo mais do que libertando.

Um ambiente positivo, que chamamos de Apoio, de cuidado e ânimo, que influencia as relações, dá um fôlego ou uma experiência positiva no momento ou, no tempo em que a pessoa passa ou, participa daquela ação. Findando o tempo de participação e pessoa está de volta ao seu ambiente, muitas vezes caótico.

Assim, entendemos que o Desenvolvimento enfatiza as mudanças mensuráveis no conhecimento, nas habilidades e nos talentos ou condições dos participantes nas ações em que eles mesmos assumem as responsabilidades pelas mudanças.

Dessa forma, precisamos entender que o empoderamento deve começar desde as raízes, envolvendo as pessoas e ajudando-as a serem auto-suficientes sob a direção de Deus. O promotor do desenvolvimento não é o responsável pelo desenvolvimento da comunidade. As pessoas são as que devem se desenvolver. O trabalho dever ser realizado de baixo para cima, baseado na comunidade, e não baseado na instituição, ou seja, de cima para baixo. Este é o modelo de trabalho que o Programa de Desenvolvimento Comunitário Integral – PDCI, trabalha, promovendo o desenvolvimento.

É, sem sombra de dúvidas, uma excelente ferramenta que consolida a práxis da Missão Integral da Igreja nas comunidades onde Deus a colocou para ser Sal e Luz, libertando os cativos de todas as opressões. Fomentando a promoção humana no mais amplo sentido, levando aos excluídos uma esperança de nova vida, rompendo com o assistencialismo, resgatando as pessoas da dependência social em que se encontram. A verdadeira ajuda que liberta!


“...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8.32




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Claudecir Bianco é casado com Regina, pai de Renata e Rafael. Graduado em Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas pela Faculdade Internacional de Curitiba e, em Teologia pela Faculdade Evangélica do Paraná. Atua desde 1996 em atividades sociais. É Coordenador no Brasil do Programa de Desenvolvimento Comunitário Integral – PDCI, Secretário Executivo do Instituto Vida – Desenvolvimento Humano Integral e Inclusão Social. Atua como Presbítero e Missionário através da 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba. Coordenador e Facilitador do Curso de Capacitação para Capacitadores e de Formação de Facilitadores para o Desenvolvimento Comunitário Integral do PDCI. Na linha de Desenvolvimento Comunitário possui capacitação por Embajadores Médicos International em Nicarágua e Argentina. Autor do Curso de Planejamento Estratégico pessoal. Consultor para criação e gestão de ONG’s e projetos Sociais com sua ênfase no Estabelecimento do Shalom de Deus. O PDCI é um método prático para aplicação da Missão Integral. O autor ministra o curso de Capacitação de Capacitadores (CDC) para o desenvolvimento de projetos Sociais com ênfase na restauração do Shalom de Deus. E-mail: calbianco@hotmail.com.

REFERENCIAS
BÍBLIA SAGRADA. Português – Sociedade Bíblica Internacional. Nova Versão Internacional – São Paulo: Editora Vida, 2002.
BOSCH, David J. Missão transformadora – Mudanças de Paradigma na Teologia da Missão – São Leopoldo: Sinodal, 2002.
CASTRO, Clóvis Pinto. Por uma fé cidadã – a dimensão pública da Igreja. São Paulo: Loyola, 2000.
CAVALCANTE, Ronaldo. Espiritualidade cristã na história – das origens até santo Agostinho. São Paulo: Paulinas, 2007.
HORDERN, William E. Teologia Contemporânea. São Paulo: Hagnos, 2003.
PADILLA, C. René. El proyecto de Dios y lãs necessidades humanas. Buenos Aires: Kairós, 2006.
ROWLAND, Stan. Evangelismo e Ação Social – Multiplicando luz e verdade. Londrina: Multiplicação da Palavra, 2004.
WILLIAMS, Derek. Dicionário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2000.
ZABATIERO, Júlio. Fundamentos da teologia prática. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.

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